sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Sobre o assunto que ficou...

Resultado de imagem para vendo ela passar

Diz ele que me viu passar... eu não vi.
Dias depois pediu pra uma amiga em comum meu contato. Ela me avisou. E falou que ele era tímido. Então, por curiosidade, eu mesma fiz o primeiro contato, na lata, sem rodeios.
Eu estava de saída da cidade. Sem data certa, mas dentro de semanas ou poucos meses. Não tinha nada a perder. Podia achar alguém legal pra tomar um chopp, contar e ouvir histórias...
Conversamos alguns dias por mensagens, tive que forçar pra nos encontramos logo (sim, sou curiosa!) e o improvável aconteceu: achei alguém a quem eu podia confiar a coisa que mais prezo e preservo - a minha personalidade nua e crua. Sem julgamentos, sem temor, sem medo de ser julgada. E foi divertido. Leve.
Nos dias que se seguiram a vontade de ficar perto ia aumentando. Dos dois lados. Então, por medo de perder tempo, não passamos vontade.
E um mês já parecia meses... Dois meses pareciam anos!
Quando a data da minha mudança se aproximava (quatro meses depois), falei em tom de brincadeira: 
- vâmo junto? 
Ele, sem pestanejar: 
- bora!
Me estabeleci na cidade e ele exatamente dois meses depois porque foi contratado na primeira entrevista de emprego que fez aqui.
E foi assim que "dei uma casadinha" (nas palavras de um amigo nosso) em 6 meses. 
Hoje fazemos planos juntos, somos uma dupla pra tudo.
Ele, um poço sem fim de paciência, me faz ver a vida por outros ângulos. Entende meus medos e aceita o desafio diário que é conviver comigo.
Um baita parceiro que resolve problemas domésticos num piscar de olhos, que enxerga soluções quando eu estou andando em círculos e que me faz me sentir mais e melhor a cada dia.
Damos juntos um valor imenso à nossa rotina de terminar e começar o dia sorrindo. Sonhamos nossos sonhos, projetamos nossos projetos e desfrutamos dos nossos prazeres (dos maiores aos menores).
E a essas alturas da vida eu realmente fui surpreendida por uma sensação de completude e invadida por sensações que eu achei que nem fosse mais possível!
Sem mais, subscrevo-me.



De lá pra cá



Quando eu parei de escrever, eu nem tinha passado no concurso ainda. Na verdade eu nem sabia que faria um concurso.

Bom, eu tava no Pós Doc, odiando trabalhar com médicos. Meu "então namorado" tinha ido para a Irlanda num intercâmbio de 8 meses. E eu estava decidida a conseguir algo para "me livrar do pós doc".

Foi aí que surgiram dois concursos pro mesmo cargo (bióloga- que eu sou) em duas universidades diferentes. Eu sempre quis ficar perto da família ou de amigos (ou de amigos-família) e um deles era justamente onde eu queria ir. Me inscrevi e comecei a estudar por conta própria. O outro concurso era numa cidade que eu sequer sabia onde ficava no mapa do estado. Mas, no embalo dos estudos, me inscrevi também.

O que aconteceu? Não passei no que eu queria e acabei passando no outro! E descobri isso às vésperas de embarcar pra 25 dias na Europa. E foi uma correria pra deixar tudo pronto e tomar posse na volta. O que significa que não investiguei a cidade. Simplesmente curti a Europa, voltei e tomei posse imediatamente.

Ainda bem que não pesquisei. Fui sem expectativas e já odiei de cara. Imagina se já fosse pra lá com ranço prévio?

Enfim, fiquei quase 4 anos lá. Apesar da cidade não ser acolhedora, o povo ser bem estranho e pouco hospitaleiro, e tals, conheci pessoas maravilhosas e aprendi demais sobre a vida e sobre respeito. Hoje sou uma pessoa muito melhor e devo a esses anos de aprendizado e autoconhecimento.

Fiquei solteira um ano e pouco depois de estar lá. Em princípio o "serumano" foi comigo, tentaria trabalhar por lá e teríamos uma vida em comum. Acabou passando em um concurso longe e aí as diferenças entre nós gritaram. Ele sucumbiu. E fim!

Começou aí meu período de autoconhecimento e crescimento pessoal. Não me julguem, mas depois de 37 anos de existência, passei a ver sentido no que realmente importa e me afastar do que não faz diferença:
- IMPORTA: meus amigos, minha família, meus valores, meus princípios e EU
- NÃO IMPORTA: o resto

No meio do ano passado, o rapaz que havia passado no concurso que eu não passei mandou um e-mail perguntando se eu queria "permutar" com ele. E bem nessa época se encerrava um ciclo bom - a turma que eu acompanhei desde o primeiro semestre se formava e começava a se encaminhar na vida. Ou seja: acabou minha missão por lá e SIM, DECIDIDAMENTE eu queria e PRECISAVA encerrar minhas atividades pessoais e profissionais naquele lugar, em que acabei sendo bem feliz profissionalmente e me equilibrando legal pessoalmente.

Demorou seis meses até finalizar o processo da transferência e, em março deste ano, vim embora para onde eu queria estar há anos. De quebra, trouxe na mala um baita parceiro, que conheci LITERALMENTE às vésperas de vir embora. E estou muito feliz por isso.

Sobre este último assunto, falarei na próxima postagem. 😏

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Blue Moon





Blue moon
You saw me standing alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own


Blue moon
You knew just what I was there for
You heard me saying a prayer for
Someone I really could care for 

And then there suddenly appeared before me
The only one my arms will ever hold
I heard somebody whisper, "please adore me"
And when I looked, the moon had turned to gold

Blue moon
Now I'm lo longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own




Volto a escrever depois de mais de cinco anos e nem sei se alguém vai ler...

Muita coisa mudou. Cresci. Amadureci. Vivi experiências incríveis de dor, de amor, de tristezas profundas, de felicidade intensa, de decepções abissais e de surpresas imensas.

Atualmente, estou com 41 anos. Servidora pública concursada há 5 anos e 10 meses. Morando na cidade que eu planejei morar. Morando com o cara que eu conheci "nos 47 do segundo tempo" na cidade anterior e que topou deixar tudo pra trás pra seguir a vida comigo. Temos dois cachorros, que eram meus e agora são nossos.

Estou confortável com minha rotina e aprendo a cada dia mais sobre viver em sociedade.

Continuo desbocada. Continuo falando o que penso. Continuo sendo eu.




Sobre o assunto que ficou...

Diz ele que me viu passar... eu não vi. Dias depois pediu pra uma amiga em comum meu contato. Ela me avisou. E falou que ele era tí...